quinta-feira, 15 de maio de 2008

A Sheila. E as Pillas-Boas.


Achei por bem introduzir-me.

Aos possuidores do terceiro testículo: por favor, contenham-se. Na verdade, poderia ter dito "apresentar-me". Mas não disse.

É uma questão de estilo linguístico. E falo apenas de idiomas. Novamente, peço-vos: contenham o vosso testículo pululante.

Deparo-me com a cabal necessidade de fazer um grande jogo de cintura com as palavras para não vos baralhar. (Ok, eu desisto.)

Na verdade, sou a Sheila. O vosso maior sonho e o vosso pior pesadelo.
Sou a babe de 1.80m, de cabelos platinados, mamas de silicone (ou gel, parece que agora o enchimento é feito disso), pernas esguias e brilhantemente lisas da depilação definitiva, sou a latina de 1.50, de grande grande rabo, coxas roliças, cabelos fartos e pêlos encravados no sovaco transpirado, sou a negra de grandes beiços e inacreditável flexibilidade de ancas, tiradinha dum videoclip de R&B ou HipHop, e de eau de parfum duvidosa, sou a miúda a quem pagam um copo na discoteca, a quem enviam convite no hi5 sem conhecerem de lado nenhum porque gostaram do bikini e das fotos com os sobrinhos, aquela a quem dizem que são solteiros com a marca do sol no anelar esquerdo, aquela a quem choram a morte da avozinha que apareceu roxa e caída na casinha de pedra na aldeia da Beira da qual era a única habitante, deitando o vosso rosto entristecido no farto mamalhal enquanto deixam escorrer as lágrimas por ali abaixo contando os minutos que já passaram e os que ainda faltarão passar até conseguirem convencê-la de que estão muito fraquinhos e carentes porque foram abandonados pela mãe à nascença (e depois esquecem-se de que tudo começou com a avó, pelo que terão que repensar a história do órfão da casa pia) e não foram amamentados em criança.

Eu sou o objecto de desejo do vosso terceiro testículo. Aquele que dribla a pila por entre os outros dois e pensa "eu não me deixo vencer pela cabeça de baixo! Eu devo ser é santo, quando morrer vou pró céu!"

Na verdade, até lhes assiste razão. A experiência ensina que quase sempre se acaba por só dar uso ao testículo de cima. Os outros dois são menos usados do que aquilo que acaba por ser contado aos amigos que têm, efectivamente, coragem para usar também os testículos lá de baixo.

Uma das regras básicas do jogo: O número de parceiros sexuais declarados por um homem é inversamente proporcional ao declarado por uma mulher.

"Ah, eu cá já papei 247 mulheres. Eish... Aquela semana em Ibiza, até tenho vergonha. [NOT!] E olha devo estar a esquecer-me de alguma!"
Versão pensada (e acontecida) pelo terceiro testículo deste indivíduo: " Tive duas, e a segunda foi bem cara!!! Acho que não me estou a esquecer de nenhuma..."

No feminino:
"Bom, eu tive apenas dois parceiros. E um deles foi violação. E o outro, no início também."
Versão pensada pela terceira mama da senhora. (Aqui não tratamos desse estudo, também ele muito interessante, realizado pela Universidade de Oxford):"Tive 247 e acho que mão, boca e rabo não contam, por isso, ficamos por aqui."

Na verdade eu faço parte dessas 245 mulheres que até hoje nem sabem que foram para a cama convosco.

Deixo um beijo quente a todos aqueles que foram para a cama comigo por obra e graça do terceiro testículo, esse imaginativo colhão.

Aos leitores, devo advertir que isto foi mesmo assim.
Todavia, esta foi apenas uma personagem criada (um placebo, vá) para adjuvar no projecto "terceiro testículo" permitindo-nos fazer um estudo de campo e recolher elementos científicos sobre o comportamento do género masculino não-gay. Com este trabalho de campo, pudemos chegar mais facilmente, pela observação directa do comportamento dos indivíduos estudados, à resposta neurológica e funcional proporcionada pelo terceiro testículo nos homens. A Sheila foi fundamental enquanto estímulo directo do testículo, para que pudessemos compreender a lógica funcional do mesmo. Deu-me (quase) muito prazer, em algumas situações, fazê-lo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Cara Sheila you're the BEST!!!!! LOL Lindo!!!!!! LOL